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Modulando a Inflamação com a Medicina Tradicional Chinesa

por Drª Eleonora Comucci

Texto originalmente publicado em www.vitaforscience.com.br

Inflamação segundo a Medicina Ocidental Moderna

Para a Medicina Ocidental Moderna, a inflamação é uma resposta normal quando o sistema imune percebe que algum agente estranho (vivo ou não) entrou em nosso corpo. O sistema imune inato (SII) é quem detecta a presença desses agentes e tem a habilidade de diferenciar se são estranhos (non self) ou próprios (self).

A partir desse momento, o SII envia sinais químicos para que o sistema imune adaptativo (SIA) se apresente e comece a lidar com aquela invasão. De forma simplificada, nesse processo são produzidas diversas substâncias chamadas citocinas (interleucinas (IL), fatores estimuladores de colônias (CSF), fator de necrose tumoral (TNF), interferons (IFN) e fatores de crescimento (TGF)) que farão toda a marcação e sinalização na superfície desses agentes estranhos para que outras células do SII e SIA possam eliminá-los. 

Além de gerar calor no corpo, esse processo provoca: edema, rubor e dor. Apesar de ser um processo natural e necessário contra agente estranhos e lesões, em casos graves pode até mesmo ocasionar a perda de função tecidual/orgânica, especialmente quando o corpo não consegue voltar ao estado de homeostase – como por exemplo nas alergias ou doenças autoimunes.

 

Inflamação segundo a Medicina Tradicional Chinesa

Na MTC, a inflamação é vista e diagnosticada de forma diferente. Em sua teoria, a MTC afirma que existem conjuntos de sintomas, chamados padrões sindrômicos. Isso significa dizer que não existe apenas um sintoma, mas um conjunto deles que está intimamente interligado. Assim, a inflamação é considerada um fator patogênico (calor) que faz parte de um quadro geral de saúde que envolve outros sintomas em diversas localizações.

Um exemplo muito claro disso é nas doenças articulares dolorosas. Alguns pacientes relatam melhoras quando se movimentam e o clima está frio e outros quando fazem repouso e está calor. Esse fato demonstra que cada paciente tem inúmeras condições de base e que não se pode apenas considerar a inflamação durante um tratamento – seja ele qual for.

 

Porque é importante modular a Inflamação?

Na MTC ou na Medicina Ocidental, a inflamação é um sinal de que algo está desequilibrado. A inflamação crônica pode afetar o sistema endócrino e o nervoso de forma catastrófica. Já mencionei que a inflamação pode afetar a estrutura dos tecidos envolvidos e dependendo da gravidade, pode evoluir para um estado irreversível e fatal de sepse.

Mas não é só isso! O estado constante de inflamação está intimamente ligado ao desenvolvimento de doenças crônicas, autoimunes, câncer e doenças neurodegenerativas – diminuindo, inclusive, a qualidade e os anos de vida que uma pessoa pode ter.

Nos pacientes com doenças crônicas ou autoimunes, esse gerenciamento é fundamental. Principalmente neste último caso, sabemos que são incuráveis, porém com o reajuste nas condutas dietéticas e os suplementos adequados podem ser gerenciadas.

 

Quais produtos da MTC podem ser usados nesses casos?

O erro mais comum ao usar os produtos da MTC é considerar que “se são antioxidantes e anti-inflamatórios vão funcionar em todos os lugares do corpo para modular o sistema imune e resolver a inflamação”. Isso não é verdade.

Dentro do contexto dos 5 Elementos, cada um desses produtos age em determinados locais e tecidos, por sua especificidade energética, metabólica e bioquímica. Isso significa que além de considerarmos as condições de base do paciente é necessário saber onde ocorre a inflamação, pois cada produto agirá de forma altamente específica nessas condições e locais.

A inflamação pode ocorrer em vários locais e intensidades, ter causa aguda ou crônica, ser fruto de uma doença autoimune/genética ou alguma alergia/intolerância alimentar, provocar desequilíbrios hormonais ou psíquicos – são muitas variáveis possíveis!

Portanto, a dica mais valiosa é: para escolher o melhor produto para o seu paciente é recomendável que o maior número possível de sintomas esteja incluído na ação descrita de uma fórmula ou ingrediente isolado. Evite usar um produto para cada sintoma, ao invés disso selecione o produto que mais tem características que se encaixam com o quadro clínico do paciente.

Dessa forma você ajudará a combater a inflamação e sintomas relacionados e diminuirá a chance de ocorrerem efeitos colaterais negativos.

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