Texto originalmente publicado em www.vitaforscience.com.br
Em primeiro lugar: o que são antioxidantes?
São produtos químicos ou produtos do nosso metabolismo fisiológico normal que também são conhecidos como radicais livres. Em níveis muito elevados, eles são capazes de danificar estruturas, células e material genético.
Os radicais livres têm várias formas, tamanhos e configurações químicas. O que todos eles compartilham é um apetite voraz por elétrons, roubando-os de qualquer substância próxima que os produza. Esse “roubo de elétrons” pode alterar radicalmente a estrutura ou função do “perdedor”. Os danos dos radicais livres podem alterar as instruções codificadas em uma fita de DNA; pode aumentar a probabilidade de uma molécula de lipoproteína de baixa densidade circulante (LDL/vLDL) ficar presa na parede de uma artéria; pode alterar a membrana de uma célula, mudando o fluxo do que entra e sai da célula, etc. Mas isso só acontece quando uma quantidade CONSTANTE e EXCESSIVA de radicais livres no corpo causa uma condição chamada estresse oxidativo, que pode danificar as células e levar a doenças crônicas.
Por outro lado, o corpo, muito acostumado a esse ataque implacável, produz muitas moléculas que extinguem ou neutralizam os radicais livres – os ANTIOXIDANTES. Além de produzirmos também extraímos antioxidantes dos alimentos.
Quais os exemplos mais comuns de antioxidantes?
Existem muitos que ocorrem naturalmente. Podemos citar: vitaminas C e E , carotenóides, minerais (como o selênio e manganês, por exemplo), glutationa, coenzima Q10, ácido lipóico, flavonóides, fenóis, polifenóis, fitoestrogênios. etc.
Pelo fato de terem fontes tão diversas é errado chamar todas essas substâncias de antioxidantes. Mesmo porque algumas substâncias em situações diferentes podem agir como pró-oxidantes. Ou seja, são moléculas diferentes, de fontes diferentes que podem ter comportamentos diferentes – não é possível generalizar.
Porque são tão buscados hoje em dia?
Desde a década de 90, cientistas perceberam que os radicais livres estavam envolvidos na gênese de várias doenças crônicas. Paralelamente, as pesquisas mostravam que o baixo consumo de frutas e vegetais (ricos em antioxidantes) estava mais presente nas pessoas que desenvolviam essas doenças.
Houve então uma corrida pela produção em larga escala desses agentes e o que as pesquisas mostraram (e até hoje mostram) é que, na população em geral, eles não funcionam tão bem na prevenção de doenças como se imaginava. Alguns mostram resultados de melhora muito discreta.
Então devemos abandonar o consumo de antioxidantes?
A resposta é: NÃO!
Se, por um lado, pesquisas mostram que o consumo desses agentes ISOLADOS como forma de obter efeito antioxidante e protetor não funciona, por outro lado diversos estudos mostram que o consumo EM CONJUNTO funciona – e funciona muito bem!
Isso se deve ao fato de que certas substâncias dependem de outras para que sejam absorvidas e bem aproveitadas pelo nosso corpo.
A menos que existam DEFICIÊNCIAS ESPECÍFICAS, usar um suplemento antioxidante com uma única substância isolada pode não ser uma estratégia eficaz. Explico: tome como exemplo uma xícara de morangos frescos, que contém cerca de 80mg de vitamina C – um nutriente classificado como tendo alta atividade antioxidante – versus um suplemento contendo 500 mg de vitamina C (667% da RDA) que não contém os produtos químicos vegetais (polifenóis) naturalmente encontrados nos morangos, como proantocianinas e flavonóides, que também possuem atividade antioxidante e podem se juntar à vitamina C para combater doenças – sendo muito mais efetivos.
O papel da Medicina Tradicional Chinesa
Por isso é muito mais eficiente e inteligente combinar diversos macro e micronutrientes (vitaminas e minerais) dos suplementos com os antioxidantes do que usá-los de forma isolada.
A MTC é abundante em ativos são ricos em antioxidantes que podem ser combinados com o seu suplemento alimentar favorito:
Ganoderma Lucidum – excelente prebiótico: polissacarídeos, triterpenos, alcaloides, ácidos graxos, lactonas, esteroides. Também é abundante em proteoglicana FYGL – que contribui para a saúde da microbiota intestinal.
Green Tea – melhora disposição e humor: catequinas (epigalocatequina-3-galato, epicatequina-3-galato, epigalocatequina, epicatequina, catequina), cafeína, flavonóides, taninos e L-teanina.
Polygonum cuspidatum – melhorando as doenças de pele: flavonóides, estilbenos, antraquinonas, taninos e transresveratrol.
Polygonum multiflorum – agindo na qualidade da pele, cabelos e unhas: estilbenos, flavonoides, antraquinonas e ácidos fenólicos (ácido gálico e catequinas).
Já escolheu o seu?